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Capitão do Cruzeiro na Série B revela surpresa com SAF e se preocupa com novo rebaixamento: 'Sei quanto custou para subirmos'

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Capitão do Cruzeiro na Série B desabafa sobre luta contra o rebaixamento: 'Tiveram muitas partidas em que jogaram bem, mas o resultado não aconteceu' (1:47)

Eduardo Brock defende o Cerro Porteño atualmente (1:47)

"Estou sofrendo, caramba...."

A possibilidade de voltar para a Série B preocupa Eduardo Brock, que foi o capitão do Cruzeiro no acesso para o Brasileirão no ano passado. O zagueiro espera que o time celeste possa conquistar uma vitória contra o Fortaleza no Castelão, neste sábado (18), às 18h30 (de Brasília), para deixar a zona de rebaixamento.

Com duas partidas a menos do que os concorrentes, a equipe mineira está apenas um ponto atrás do Bahia, 16º colocado, que é o primeiro time fora da degola.

"É difícil jogar no Castelão, e o Fortaleza também precisa ganhar. Vai ser difícil, mas o Cruzeiro reagiu em jogos importantes, como no clássico contra o Atlético-MG (quando venceu fora de casa por 1 a 0). Uma vitória será importante para revigorar toda a questão anímica do clube e da equipe", disse ao ESPN.com.br.

Brock conhece como poucos as mudanças que o Cruzeiro passou nos últimos anos. Ele chegou à Toca da Raposa em 2021, quando o clube vivia uma grande crise nos bastidores e também dentro de campo. Sem conseguir subir para a elite desde 2020, a equipe chegou a brigar contra o rebaixamento para a Série C.

Em 2022, a situação mudou com a implementação da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) e a chegada do grupo comandado por Ronaldo Fenômeno.

Os novos donos mudaram praticamente tudo: a comissão técnica, os diretores de futebol e o elenco, que sofreu uma grande revolução para se adequar à nova realidade financeira. A saída mais emblemática - e controversa - foi a do goleiro Fábio, ídolo que estava prestes a completar mil jogos pelo clube.

"Fui surpreendido muito positivamente quando a SAF assumiu. Eu peguei os dois lados: o Cruzeiro associação e depois a empresa. É uma diferença drástica de profissionalismo. Vi o trabalho que foi muito bem feito. No futebol o que importa é o resultado, mas com o trabalho correto você esta cada vez mais perto disso. Tem muitas pessoas boas trabalhando lá", disse.

"O futebol não é uma conta exata, que se bota no papel 'dois mais dois e vira quatro'. Tem muitas coisas relevantes que mudam ao longo do ano e tem as pessoas. O Cruzeiro está aprendendo com isso. Pelo trabalho todo que já vi, acredito que eles estão mais próximos de superar esse momento difícil".

A mentalidade mais empresarial gerou resultados rapidamente. Sob o comando do técnico uruguaio Paulo Pezzolano, o Cruzeiro foi campeão da Série B e conseguiu o acesso com bastante antecedência. Neste ano, Brock trocou o clube mineiro pelo Cerro Porteño, mas não esquece o carinho pelo antigo time.

"Não posso deixar de acompanhar porque falo muito com o pessoal de lá. O Cruzeiro se tornou o clube mais importante da minha carreira. Torço muito pelas pessoas e por tudo que fizemos. Sofro quando o time não vai bem, queria que tudo saísse bem pelo que fizemos. O risco de voltar para a Série B é preocupante, foi um trabalho muito árduo e sei o quanto custa para subir. No ano passado nós tornamos, entre aspas, parecer fácil subir, mas é uma situação bem difícil".

Depois de fazer um primeiro turno seguro no Brasileirão de 2023, a equipe sofreu uma queda grande nos últimos jogos. Foram trazidos os técnicos Pepa, Zé Ricardo e agora Paulo Autuori, que ocupava um cargo na diretoria celeste, tem a missão de livrar a equipe da degola.

"Torço muito para que as coisas deem certo e os resultados aconteçam. Em vários jogos o Cruzeiro jogou bem, mas infelizmente faltou o resultado. É um clube gigante com muita torcida e tem muita pressão. O jogador tem que ter muita qualidade psicológica e poder mental. Espero que possa voltar a jogar bem com o Autuori, que consiga os resultados e saia da zona de baixo. Torço pelo clube e pelos meus amigos que estão por lá", finalizou.

Próximos jogos do Cruzeiro: