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Primeiro título de Senna influenciou o surgimento de novos 'Ayrtons'? Não tanto quanto você imagina

Ayrton Senna atende os repórteres após o GP do Japão, em 1988 KAZUHIRO NOGI/AFP/Getty Images

Ayrton Senna conquistou o primeiro dos seus três títulos mundiais na Fórmula 1 há exatos 30 anos, quando venceu o GP do Japão, em 30 de outubro de 1988, pela McLaren. O feito fez ele ingressar em um seleto clube de brasileiros também campeões da categoria, casos de Emerson Fittipaldi (vencedor em 1972 e 1974) e Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987).

Porém, a popularidade do piloto não sofreu um boom Instantâneo. Ao menos se basearmos a pesquisa em uma amostragem de quantos brasileiros homenagearam o campeão batizando seus próprios filhos como Ayrton ou Airton (foma mais usual de grafia).

De acordo com os registros da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo), entre 1989 e 2005, apenas 174 brasileiros forma batizados com uma das duas grafias citadas acima (não há dados de 1990).

Em 1988, Senna venceu oito das 16 provas da F-1 e foi pole-position 13 vezes. O domínio do brasileiro foi tamanho que ele ficou fora do pódio apenas em cinco ocasiões. Ainda assim a disputa pelo título com o francês Alain Prost, também da McLaren, foi acirrada.

A pontuação final foi de 90 a 87, embora eles tenham somado 94 a 105 pontos, respectivamente. Vale lembrar que naquela época havia uma regra na F-1 que permitia cada piloto descartar um dos resultados obtidos na temporada.

Ironicamente, o ano que registrou mais crianças batizadas com os nomes Ayrton ou Airton foi o que Senna morreu. Isto é, 1994. Os dois anos seguintes também tiveram um número maior do que o usual.

Depois do tricampeonato mundial, nunca mais um brasileiro sagrou-se campeão na F-1. Mesmo assim o nome do ídolo se manteve como pouco usual. Para se ter ideia, apenas dois registros em 2017 e também em 2018.