Nesta segunda-feira (20) é celebrado o Dia da Consciência Negra em alguns estados brasileiros. Oficializada em 2011, a data existe para homenagear Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que foi morto neste dia, em 1695. Infelizmente, séculos depois, o racismo ainda persiste.
Um dos tantos talentos negros do futebol brasileiro, Endrick, do Palmeiras e hoje da seleção brasileira, concedeu entrevista ao GE e contou sobre o caso de racismo sofrido quando ainda era apenas uma criança, em Brasília, antes de se tornar um astro do esporte.
“Era 1 a 1, um jogo em Brasília, eu fiz o gol da virada e fui comemorar. Os pais dos garotos do outro time, acho que subiu raiva no coração deles, começaram a me chamar de macaco, fazer gestos obscenos. De pequeno, eu não sabia. Minha tia foi na polícia, fez o boletim de ocorrência, mas não deu em nada”, contou.
“Quando fiquei sabendo, deixei nas mãos de Deus. As pessoas que fazem isso com Vini (atacante do Real Madrid vítima de racismo) ou que fazem na Libertadores, que acontece bastante também, Deus vai pesar a mão, fazer o que for preciso para essas pessoas melhorarem ou vai acontecer algo pior quando Ele voltar”, desabafou Endrick.
Mesmo com o caso de racismo sofrido na infância, Endrick descartou que se abale e disse que não se irritará com este tipo de ação. “Não vou me abalar com isso, vou seguir de cabeça erguida. Se eles fizerem, eles vão ficar bravos porque eu não vou me irritar, vou ficar tranquilo”.
Após estrear com a camisa da seleção na derrota por 2 a 1 contra a Colômbia, Endrick deverá pintar em campo nesta terça-feira (21), no confronto diante da Argentina, às 21h30, no Estádio do Maracanã, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Próximos jogos do Palmeiras:
Fortaleza (F) - 26/11, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão
América-MG (C) - 29/11, 21h30 (de Brasília) - Brasileirão
Fluminense (C) - 02/12, a definir - Brasileirão