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OPINIÃO: Chelsea de Pochettino dá bons sinais e vai lutar por algo maior na temporada

O Chelsea tem apenas uma vitória em casa na atual Premier League, mas não é difícil perceber a evolução da equipe de Mauricio Pochettino. Se o olhar for apenas para a última semana, é bem provável que a ansiedade e a expectativa aumentem.

Hoje, mesmo entendendo que são apenas os primeiros passos, é bem recomendável acreditar que o Chelsea pode e deve entrar na luta por alguma competição europeia.

É bem verdade que a distância para a liderança é bastante considerável - já são doze pontos que separam o Chelsea do Manchester City. Mas o mesmo Manchester City, atual campeão, equipe formada já há um bom tempo e bastante acostumada com o estilo de seu treinador, sofreu quatro gols de um Chelsea recém montado e esteve bem distante de seu habitual ritmo e controle do jogo. E não foi só o City. A semana começou com a quebra da invencibilidade do então líder Tottenham, que foi goleado em casa por 4 a 1 pelo Chelsea.

Talvez o primeiro passo para a construção da ideia de uma longa e vencedora caminhada já esteja sendo dado. O Chelsea de Pochettino já parece ter uma cara e um ideal de jogo. Antes de começar a última rodada, era dele a segunda maior média de posse de bola da competição. Claro que jogar contra o Manchester City fez o percentual reduzir um pouco, mas é muito nítido time que o time produz, foram oito gols marcados, na mesma semana, contra times da parte mais alta da tabela.

Talvez Mauricio Pochettino tenha em mente lembranças daquele antigo, mas muito jovem e revolucionário Newell's em seu início como atleta profissional, o que é certo é que ele se diverte vendo a qualidade e a juventude de seu time, que entra em campo normalmente com média de idade de 25 anos.

O meio de campo, que tem Moises Caicedo (22), Enzo Fernández (22), Conor Gallagher (23) e Cole Palmer (21), aceita o trabalho duro da pressão para a retomada da posse da bola e, quando tem a bola, tem prazer em envolver o adversário. Talvez Conor Gallagher seja o menos brilhante tecnicamente, mas, até mesmo por não precisar passar por adaptação, é o que melhor personifica a entrega do setor que normalmente decide os jogos.

Se Gallagher tem conseguido executar muito bem as diversas funções do meio campo, é possível também que seu trabalho duro ajude Enzo, Caicedo e Palmer a pensarem melhor início ou final das jogadas.

O início da temporada do Chelsea é marcado pelas ausências importantes de dois laterais da seleção da Inglaterra: Reece James, que fez apenas 5 jogos na PL, e Ben Chilwell, que não joga desde o final de setembro e tem volta esperada para o final do ano. Não precisa ir muito longe para lembrar que muito da força do Tottenham de Pochettino se dava pelo avanço dos laterais Walker e Trippier pela direita e Danny Rose pela esquerda.

Está permitido acreditar que a volta ao ritmo ideal de jogos dos laterais vai fazer crescer ainda mais a produção ofensiva do time. Enquanto isso, é Sterling que parece estar vivendo seus melhores dias com a camisa do Chelsea. Ele já tem média superior de gols, finalizações e dribles se comparado aos números da temporada passada.

Não basta bater o olho na tabela de classificação, é preciso olhar e entender o que o campo tem mostrado. O Chelsea de hoje está longe de ser o que pretende a direção e o que pode fazer Mauricio Pochettino, mas o caminho parece ter sido encontrado.

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