No início desta quinta-feira (8), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou a decisão que suspendia o retorno do lockdown no Distrito Federal (DF). Desta forma, a determinação que proíbe as atividades consideradas não essenciais volta a valer, o que também inclui a realização de eventos esportivos, tais como as partidas de futebol.
Nos próximos dias, Brasília, capital do DF, está programada para receber três grandes jogos de futebol: as decisões da Recopa do Brasil e Sul-Americana e ainda o confronto entre Santos e San Lorenzo, pela partida de volta da terceira fase da Conmebol Libertadores. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse que vai recorrer de decisão que determina a volta do lockdown.
No entendimento do desembargador Souza Prudente, a situação da pandemia ainda não sofreu qualquer recuo, o que justifica a volta do lockdown no DF.
"(...) há uma escalada no risco de iminente colapso do serviço de saúde público e privado no DF, não se justificando, dessa maneira, o relaxamento de tais medidas, enquanto não reduzidos os índices de contaminação e de capacidade de atendimento e tratamento às enfermidades decorrentes do contágio da COVID-19", argumentou em trecho da nova decisão.
O primeiro dos três jogos previstos em Brasília é válido pela decisão da Recopa do Brasil, entre Flamengo e Palmeiras, no próximo domingo (11), no Estádio Mané Garrincha. Na terça-feira (13), quem entra em campo no local é o Santos e, na quarta (14), novamente o Alviverde, que encara o Defensa y Justicia pelo jogo decisivo da Recopa Sul-Americana.
Nesta sexta-feira (9), está prevista a chegada das delegações de Flamengo e Palmeiras em Brasília para a Recopa do Brasil, mas até o momento a CBF não se posicionou.
Durante o último mês de março, entrou em vigor o regime de lockdown no DF, com retorno previsto no dia 29 do mesmo mês. No dia 30, uma liminar determinou que o Governo do Distrito Federal retornasse com as medidas restritivas a partir do dia 1º de abril. No dia 31, porém, O GDF recorreu da decisão e conseguiu derrubar a determinação.
Até esta última quarta (7), o índice de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na rede pública está em 98%. Na rede privada, de 98,12%.