Nesta terça-feira, a consultoria Deloitte divulgou seu tradicional estudo anual sobre as finanças dos clubes europeus.
Como mostrou a ESPN, os principais times do planeta sofreram uma redução drástica nas finanças devido à pandemia de COVID-19, chegando a 1,1 bilhão de euros, algo em torno de R$ 7,2 bilhões.
E em uma temporada na qual praticamente todas as equipes viveram retração, é de se destacar a queda ainda mais acentuada de dois clubes: o Manchester United e o PSG.
Em 2019, os Red Devils tiveram receita total de 711,5 milhões de euros (R$ 4,634 bilhões, na cotação atual). Já em 2020, o número caiu para 580,4 milhões de euros (R$ 3,780 bilhões).
Isso significa uma diminuição de incríveis 19%, ou praticamente um quinto das receitas.
Essa "avalanche" fez com que o time de Old Trafford caísse para a 4ª posição no ranking dos mais ricos da Europa, atrás de Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique.
Assim, o United ficou de fora do top 3 do estudo da Deloitte pela 1ª vez desde 2013, mostrando o impacto severo da COVID-19 nas finanças do gigante inglês.
O Paris Saint-Germain também experimentou uma retração acentuada no período analisado.
Em 2019, o time francês apresentou receita de 635,9 milhões de euros (R$ 4,141 bilhões), mas viu o número cair para 540,6 milhões de euros (R$ 3,521 bilhões) em 2020.
A significativa queda de 15% do faturamento fez com que os parisienses caíssem da 5ª para a 7ª posição do ranking, sendo o clube que mais despencou dentro do top 10.
Recentemente, aliás, o jornal L'Équipe já havia mostrado que a equipe da capital da França teve um rombo de mais de R$ 1 bilhão em suas contas.
Outros clubes do top 10 que também mostraram quedas acentuadas de receitas foram Barcelona (15%), Tottenham (15%), Juventus (13%) e Manchester City (11%).
Já os times que tiveram rombos mais "leves" foram Bayern (4%), Real Madrid (6%), Liverpool (8%) e Chelsea (9%).
Abrindo o leque para o top 20, também foram assustadoras as retrações de Schalke 04 (31%), Inter de Milão (20%), Lyon (18%) e Napoli (15%).
No grupo dos 20 primeiros, aliás, só um time teve crescimento de receitas ao invés de decréscimo: o surpreendente Zenit, que viu suas finanças melhorarem 29%.