Dúvidas MLB 7: redução do tempo de jogo, critérios para vitórias de arremessadores, estreantes substituindo estrelas e jogo de bullpen
O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.
Há algo em estudo para baixar tempo de jogo? A juventude atual não aguenta jogos de qualquer esporte com mais de 2 horas.
EdsonK, @edsonkj64
Há várias medidas, e algumas delas já estão em vigor, como limitar o número de visitas para conversar com o arremessador no montinho, reduzir em 20 segundos o intervalo entre os turnos ofensivos, obrigar um arremessador a enfrentar três rebatedores no mínimo antes de ser substituído, começar as entradas extras já com corredor na segunda base e permitir ao catcher usar um aparelho eletrônico para passar sinais aos arremessadores. Mas há outras em estudo, utilizadas em regime experimental em ligas menores ou independentes:
- Relógio de arremesso, dando um limite de tempo para o arremessador e o rebatedor se aprontarem para o arremesso;
- Adotar radar para marcação de bolas e strikes;
- Limitar a quantidade de lançamentos do arremessador à primeira base para intimidar um potencial ladrão de base.
Das três ideias que estão em estudo, o relógio para arremessos é considerado importante para reduzir de modo efetivo o tempo de jogo. Entre as já implementadas, o corredor fantasma nas entradas extras teve um resultado efetivo para evitar maratonas. As demais medidas tiveram efeitos muito pequenos.
Como uma vitória ou derrota é anotada para um arremessador?
Carolina Amaro, @Carol_Amaro
Em termos simples, o último arremessador a fazer um arremesso quando o time vencedor assumiu a dianteira no marcador pela última vez fica com a vitória. E o arremessador que cedeu essa corrida fica com a derrota. Por exemplo, um jogo está 3 a 3 na parte alta da quinta entrada. Na parte de baixo, o time da casa anota duas corridas, faz 5 a 3 e nunca mais é alcançado no marcador. O arremessador que estava no montinho na parte alta da quinta é creditado com a vitória, e o arremessador que cedeu a quarta corrida fica com a derrota.
Se um arremessador sai do montinho com seu time vencendo, mas o time acaba tomando a virada ou cede empate (mesmo que acabe vencendo depois), ele não é creditado com resultado algum. Da mesma forma, um arremessador que sai do jogo com seu time perdendo, mas sua equipe acaba reagindo e vira ou empata, ele não é creditado com a derrota.
Há uma exceção: se o arremessador titular não ficar cinco entradas completas no montinho, ele não pode ser creditado com a vitória. Mesmo que seu time esteja vencendo por 10 a 0 e falte apenas uma eliminação para completar a quinta entrada, ele não pode ser creditado com a vitória. Nesse caso, a vitória vai para o arremessador de bullpen que os anotadores julgarem que foi mais importante para manter a vantagem no placar (mas, normalmente, a vitória vai para o jogador que entrar no lugar do titular).

Já teve algum estreante substituindo uma estrela num time tão bem quanto o Jeremy Peña no Houston Astros?
Léo Balmant, @LeoBalmantt
Já tivemos várias temporadas espetaculares de estreantes que entravam no lugar de grandes estrelas. Especificamente como essa do Peña, entrando em uma vaga aberta por um ídolo que saiu ao final da temporada, temos o caso de Madison Bumgarner em 2010, ocupando a vaga na rotação que era de Randy Johnson (arremessador que está no Hall da Fama hoje). Bumgarner teve 7 vitórias e 6 derrotas, com 3,00 de ERA em 2010, além de um ERA de 0 em oito entradas arremessadas na World Series daquele ano.
Mas há outros casos relativamente semelhantes:
- José Abreu (Chicago White Sox) substituindo Paul Konerko em 2014. Konerko é ídolo histórico dos White Sox e sabidamente já estava em final de carreira, mas ele ainda jogou algumas partidas em 2014;
- Albert Pujols (St. Louis Cardinals) substituindo Mark McGwire em 2001. Como no caso de Konerko, McGwire era um ídolo em fim de carreira e o estreante apareceu para tapar o buraco que a aposentadoria criaria, mas McGwire chegou a participar de alguns jogos no ano de estreia de Pujols.
O que é um jogo de bullpen?
Lucas Tavares, @lucastacunha
“Bullpen” é “curral” em inglês, uma área cercada utilizada para confinar animais em uma fazenda. Por ser uma área cercada, a área em que ficam os arremessadores reservas nos estádios de beisebol acabou ganhando o apelido de bullpen. Assim, falar que um time tem um bom bullpen significa dizer que tem um bom grupo de arremessadores reservas, relievers, para entrar ao longo do jogo. E “jogo de bullpen” significa que um time vai fazer um jogo inteiro sem um arremessador titular, utilizando um pouquinho cada um de seus relievers (arremessadores reservas) até o final da partida. É uma estratégia mais comum quando alguns de seus arremessadores titulares estão contundidos ou indisponíveis para o jogo, mas não pode ser adotada sempre por causar desgaste exagerado no relievers (o que pode ser um problema nos jogos seguintes).
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