A ascensão do Toronto Raptors; como a saída da grande estrela mudou o destino da franquia

Após a temporada 2009-10 da NBA, crescia a expectativa sobre a classe de free agents. Lebron James, Dywane Wade, Amar'e Stoudemire e Chris Bosh eram apenas alguns dos grandes nomes que estavam livres para assinar e mudar o futuro de qualquer franquia da Liga.
Porém, não foi apenas o Cleveland Cavaliers - que viu James "levar seus talentos" para Miami - que sofreu com a perda de sua grande estrela. Ao norte da fronteira com o Canadá, o Toronto Raptors perdia seu franchise player. Após sete temporadas, Chris Bosh se unia a Lebron e Wade no Heat.

A saída obrigou a diretoria dos Raptors a começar uma reconstrução. Apesar de ser algo normal na NBA, o rebuilding costuma levar anos para ter efeito. O incrível Chicago Bulls dos anos 90, por exemplo, que viu Michael Jordan se aposentar em 1998, ficou seis anos sem ao menos alcançar os playoffs.
Mesmo que a comparação seja injusta, já que os Raptors não se classificaram para a pós-temporada nos dois últimos anos de Bosh, o processo é semelhante. Remontar uma franquia ferida após a perda de seu grande jogador.
As duas primeiras temporadas pós-Bosh foram, como esperado, fracas. 22 vitórias em 2010-11, 23 em 2011-12. Os maus resultados fizeram com que as negociações de atletas continuassem. Antes da temporada 2012-13, o então General Manager, Jerry Colangelo, adquiriu Kyle Lowry dos Rockets - trocado por uma escolha de 1ª rodada - e selecionou Terrence Ross no draft.
Juntos com outros dois picks, o ala-armador DeMar Derozan (2009) e o pivô Jonas Valančiūnas (2011), e Dwane Casey como novo treinador, os Raptors esperavam voltar a praticar um basquete competitivo.
Ainda assim, a equipe não ia bem. Com apenas 16 vitórias nos primeiros 46 jogos, os Raptors conseguiram uma troca pelo ala Rudy Gay, na época destaque do Memphis Grizzlies. Com a nova aquisição, Toronto fechou o ano com campanha 18-18, e 34-48 no total.
Foi em 2013 que as coisas mudaram. Em maio, Masai Ujiri voltou a Toronto como novo GM da franquia. Os Raptors trocaram peças como o italiano Andrea Bargnani, para os Knicks, e Rudy Gay, para os Kings. O negócio com Sacramento marcou a ascenção. Com campanha de 28-24, a equipe chegava ao All-Star Weekend com números positivos pela primeira vez desde a saída de Bosh.

Com 48 vitórias, Toronto voltava aos playoffs após cinco anos de ausência. Ujiri foi eleito o executivo do ano, e a parceria Lowry e DeRozan começava a crescer. Mas, os Raptors caíram após sete jogos contra os Nets na primeira rodada da pós-temporada.
Em 2014-15, a franquia teve sua melhor campanha em 20 anos de história. As 49 vitórias deram a Toronto o título da divisão e quarta colocação no Leste. Nos playoffs, outra decepção. A varrida sofrida para o Washington Wizards abalou o time.
"Isso só nos mostra o quanto cada um nesse time precise trabalhar e melhorar em todos os aspectos do jogo", disse Dwane Casey após o jogo 4 da série.
E a evolução chegou. Na atual temporada, os Raptors já tem 38 vitórias em 56 partidas. Na segunda posição da conferência, Toronto parece ser a maior pedra no caminho dos Cavaliers rumo às finais da NBA.
"Acho que não deixamos o sucesso, as vitórias, nada disso, nos atingir. Ainda sentimos que o caminho é longo; ainda parece que não conquistamos nada", disse DeRozan depois de uma das nove vitórias seguidas dos Raptors em casa.
Com menos da metade da temporada pela frente, presente e futuro se mostram promissores para os Raptors, seis anos após perderem sua grande estrela.
Fonte: Matheus Zucchetto, do ESPN.com.br
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