Apito coloca Brasil em 1º e time segue com a tática do Santos de Muricy: 4-2-3-bola no Neymar
A vitória sobre o eliminado time de Camarões aconteceria sem Neymar em campo pelo Brasil? A pergunta chave é essa. No primeiro tempo vimos o time africano marcar seu gol, o primeiro que um jogador adversário assinalou contra os brasileiros neste Mundial. A bola cruzada passou pelos dois bons zagueiros do time cebeefiano.
Neymar decidiu graças às velhas bolas roubadas no campo ofensivo e principalmente por seu imenso pode de decisão, sua característica de finalizador nato. Por essas e outras Mano Menezes ensaiava um time sem centroavante antes de ser demitido. E especialmente no primeiro tento do camisa 10, ele aparecera como se fosse um 9.

O talento de Neymar pode levar o Brasil ao título, desde que os demais façam o mínimo. Claro que contra um time mais fraco, caso de Camarões, as coisas ficam mais fáceis. Para superar defesas melhores o garoto terá que recorrer a mais e mais lances de seu repertório. Não duvido que seja capaz disso, jovem, ele ainda tem muito mais a mostrar.
A questão é a dependência gigantesca da equipe em relação a ele. Nem mesmo o time de 1994 esperava tanto por Romário. Ou as seleções defendidas por Ronaldo ficaram tanto à mercê de seu faro de gol. Um triunfo fácil sobre Camarões pode ser "mentiroso". Uma vitória mais apertada, como se desenhava antes do intervalo, vale como alerta.
A questão é se há tempo de corrigir e aprimorar o time em plena disputa da Copa do Mundo. Difícil. Como já escrevi aqui anteriormente, só o talento salva. E ele atende pelo nome de Neymar. Então a tática que Muricy utilizada no Santos seguirá sendo a chance de salvação para os Scolari's Boys. É o 4-2-3-bola no Neymar.
Se você é desses torcedores de ocasião, cego diante dos fatos, antes de ofender o blogueiro pare e pense: o que ficou fácil seria assim tão tranquilo sem Neymar e seus gols no primeiro tempo, quando o placar mostrava 0 a 0 ou 1 a 1? Pois é...
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Troca atrasada. Paulinho já deveria ter saído do time. A entrada de Fernandinho em seu lugar foi o que de mais positivo o jogo mostrou, além de Neymar e seu poder de decisão, claro. O jogador do Manchester City participou da jogada do terceiro gol, marcado (finalmente) por Fred. E marcou o quarto. Daí pra frente, como se imaginava, não houve sustos tampouco dificuldades. Elas devem aparecer adiante.
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Você percebeu? Que no primeiro gol, assistência de Luiz Gustavo para Neymar. Que o segundo veio de Marcelo para o camisa 10. E que no terceiro houve passe de David Luiz para Fred cabecear nas redes de Camarões. Os homens da chamada linha defensiva "alimentaram" os atacantes. Já os meias... Esses três gols vieram de bolas brigadas e recuperadas no campo de ataque. Assim como o quarto, marcado por Fernandinho. Ponto forte de um time sem grande repertório.

Vem aí um freguês. O Chile raramente assusta o Brasil. É uma velha freguesia, em Copas do Mundo e fora delas. Claro que o Banco de Dados poderá nos mostrar derrotas brasileiras diante dos valorosos jogadores chilenos, mas elas são eventuais. Apesar dos defeitos do time de Scolari, a chance de avançar às quartas-de-final é bem considerável.
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Zaga de baixinhos. Em quatro oportunidades a bola parou nas redes chilenas nesta Copa, duas na peleja contra a Austrália, mas uma não valeu por impedimento. E mais um par de vezes no duelo contra a Holanda. Apenas o segundo tento laranja, marcado por Depay, não foi de cabeça. O jogo aéreo ofensivo é ponto forte do Brasil. E deverá ser muito utilizado no confronto em Belo Horizonte. Baixos, os defensores de Sampaoli não podem fazer muito mais sem molas sob as chuteiras.
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Primeiro ou segundo? O México disparou o placar para cima da Croácia e ameaçou a liderança do grupo, que parecia tranquila para os brasileiros. Vale lembrar que além do pênalti absurdo contra a Croácia na estréia do Brasil, os mexicanos tiveram dois gols mal anulados diante de Camarões. Erros graves do apito colocam o Chile no caminho do Brasil e a Holanda na direção dos mexicanos. O árbitro japonês é um importante personagem desta Copa.
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Pior da Copa. Alguém aí percebeu que Camarões deixa a Copa do Mundo com, até aqui, a PIOR campanha? São três jogos, três derrotas, nove gols sofridos (fora dois mal anulados na peleja contra o México) e um tento marcado. Se levar uma goleada de cinco gols de diferença no cotejo contra a Suíça, Honduras tomará a última posição dos africanos. Independentemente disso, não é razoável ignorar a fragilidade camaronesa na análise sobre o time brasileiro. Isso se for uma avaliação de jornalista, não de torcedor.
Fonte: Mauro Cezar Pereira, blogueiro do ESPN.com.br, de Belo Horizonte (MG)
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