O que Fabián Bustos poderá fazer com este Santos medíocre?
Sinceramente? Não sei o que Fábian Bustos poderá fazer pelo Santos. O treinador não tem um grande currículo e sua vivência no futebol é bem restrita, pois limita-se ao futebol equatoriano. Não fala português, não tem experiência alguma no Brasil, não conhece os jogadores do Santos e nem dos adversários.
Não, não estou dizendo que Bustos vai fracassar. Estou apenas dizendo que EU NÃO SEI o que ele poderá fazer pelo Santos, ainda mais depois do que acabamos de ver na noite deste domingo (27) na Vila Belmiro: contra o lanterna do Paulista, um Novorizontino que tinha feito apenas um gol na competição, o Santos empatou em 2 a 2 e viu o time teoricamente mais fraco dominar a partida, criar mais chances e anotar uma dupla de gols que poderia ter sido uma trinca ou uma quadra.
Santos anuncia contratação de Fabián Bustos
O elenco do Santos é fraco e, consequentemente, seu time também é. O torcedor santista, em sua maioria, não viu quase nada de futebol porque é jovem. Não viu Pelé jogar, deve ter uma vaga lembrança de Robinho e lampejos de Neymar, não viu Carlos Alberto Torres, Cejas, Ramos Delgado, Clodoaldo, Zito, Toninho Guerreiro, Edu, Pepe, Abel, Juari, Pita, João Paulo, Serginho Chulapa, Paulo Isidoro, Rodolfo Rodríguez, embarca na onda de que a base salva, que a base é a melhor do mundo, que os raios caem o tempo todo por lá. Se contenta com pouco e enaltece jogadores de qualidades bem discutíveis, alguns deles que não têm a menor condição de jogar no Santos, simplesmente porque pouco viu de futebol, torno a dizer, pouco viu da grande história santista, que parou guerras, que destronou o poderoso Trio de Ferro e os queridinhos da mídia e que teve em seu elenco, com a camisa 10, Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos.
Voltando ao tema (reconheço que me entusiasmo demais quando falo dos jogadores das antigas), por ter contratado um técnico que é uma incógnita e por ter um elenco bem fraco, eu não sei o que Bustos poderá fazer pelo Santos. Mas torço para que dê certo, obviamente.
Num primeiro momento, a contratação de Bustos me parece boa. É um apreciador de mata-matas (Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana), sempre deu trabalho aos times brasileiros na Libertadores (o Santos que o diga), faz da velocidade sua arma principal (não dá para o Santos ficar nesse nheco-nheco de trocar bolas como se seus jogadores fossem jogadores de Premier League) e suas defesas são sempre bem postadas.
Mas para que tudo isso seja colocado em prática, Bustos vai ter que conhecer os jogadores e treiná-los em seu sistema de jogo, que é bem diferente do sistema de Fábio Carille, que foi demitido tardiamente e deixou terra arrasada. Sendo assim, esperar resultado num primeiro momento não é o mais correto, mas é o que o santista mais quer. O que Bustos tem que fazer em um primeiro momento é conseguir três pontos nos próximos três jogos do Paulista (Ferroviária e Palmeiras, fora, e Água Santa, em casa) para o Santos evitar o rebaixamento (Santos tem dez pontos e com 13, dizem os matemáticos, escapa). Conseguido isso, convenhamos, é melhor nem se classificar para a fase aguda do estadual, pois assim o treinador argentino teria uma intertemporada de quase 20 dias para tentar arrumar a casa, visando os torneios mais importantes e rentáveis e, principalmente, visando dar ao Santos um pouco de dignidade, coisa que a agremiação perdeu nesses dois anos de administração Andrés Rueda.
Atuações
Abaixo analiso o desempenho dos jogadores no empate em 2 a 2 contra o Novorizontino:
João Paulo — Novamente o melhor jogador do time. Não teve culpa nos gols. Nota 7.
Balieiro — Fez o pênalti que originou o primeiro gol do Novorizontino, pênalti que para mim não foi. Jogou improvisado, fez o que pode. Na dele (volante), já é limitado, imagina improvisado. Fez o cruzamento do primeiro gol. Nota 3.
Kaiky — Outra atuação ruim. Falhou no segundo gol do Novorizontino e em outros momentos que não resultaram em gols. Nota 1.
Bauermann — Inseguro (também, jogar nesta zaga e atrás deste meio-campo), não foi o mesmo beque de outras jornadas. Nota 3.
Lucas Pires — Tem problemas na marcação, mas tem igualmente personalidade e não se esconde. Tem potencial para se tornar um dos grandes na posição futuramente, mas hoje não foi bem. Nota 3.
Camacho — Sem comentários. Nota 0.
Sandry — Ainda sente a inatividade. Aos poucos vem adquirindo ritmo de jogo e, consequentemente, melhorando seu desempenho. Mas enquanto isso não acontece, o que vemos é um jogador cheio de falhas. Nota 3.
Ângelo — Tem que amadurecer muito ainda. E precisa ter vontade de fazer gols. Como ele mesmo disse depois da vitória sobre o Salgueiro, "atacante vive de gols". E ele não os faz como sua posição sugere. De importante, apenas a jogada que originou o primeiro gol. Nota 3.
Ricardo Goulart — Mais um gol e muita força de vontade. Perdido num mar de mediocridade que é esse time santista no momento. Nota 5.
Marcos Guilherme — Sem comentários. Nota 0.
Marcos Leonardo — Completou seu quinto jogo sem marcar. E ao contrário dos quatro anteriores, quando perdeu gols incrivelmente fáceis de se fazer, hoje nem isso aconteceu. Nota 1.
Lucas Braga — Um sono só. Nota 1.
Lucas Barbosa — Um gol e demonstrou novamente que pode arrumar um lugar nesse time. Nota 5.
Jobson — Ficou muito tempo parado. Isso será levado em consideração em sua avaliação. Nota 2.
Bruno Oliveira — Ninguém notou sua presença em campo. Nota 1.
Rwan — Desta vez não marcou, mas voltou a dar mostras que pode ser o dono da camisa 9. Nota 4.

O que Fabián Bustos poderá fazer com este Santos medíocre?
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