Apesar de Carille, Santos bate o Athletico e se distancia do Z4
O Santos teve dois adversários neste sábado (30) em Curitiba: o Athletico e Fábio Carille.
O técnico santista quase evitou que o time conseguisse sua segunda (e primeira) vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro. O Santos vencia o Athlético por 1 a 0 quando ele tirou de campo o atacante Diego Tardelli, que mais uma vez fazia uma grande partida. Carille fez o mesmo diante do Fluminense e Tardelli, na coletiva, depois do jogo, disse que não queria ter saído; ou seja, sentia-se em condições de ter continuado no jogo. Repetiu a dose no Paraná para colocar Raniel, que está visivelmente fora de forma e de ritmo de jogo. Isso aconteceu aos 26 minutos do segundo tempo, quando inexplicavelmente ele sacou um jogador que vinha jogando muito bem, combatendo a saída de bola adversária, deslocando-se à frente e servindo de opção de passe para os companheiros, protegendo bem a bola quando a tinha sob domínio, ajudando na defesa e impecável nos passes. Inexplicavelmente, repito, Tardelli saiu para a entrada de Raniel, que já foi analisado acima. Com esta alteração, o Santos passou a jogar com um a menos, pois Raniel não fez absolutamente nada: não conseguia controlar a bola que era-lhe entregue e não combatia os adversários quando era necessário.
Mas não ficou por aí: seis minutos depois, Carille aprontou mais uma: tirou o melhor jogador da partida, Marcos Guilherme, para a entrada do irreconhecível Carlos Sánchez, que nem de longe lembra aquele atleta que tornou-se ídolo de muitos torcedores. O uruguaio, assim como Raniel, está ausente dos jogos, infelizmente. Não marca, erra passes bobos, está lento; enfim, um a menos, assim como Raniel.
Em outras palavras, o Santos terminou a partida com nove jogadores defendendo incansavelmente a meta, evitando que os paranaenses empatassem e, quem sabe, virassem o jogo. Terminou com nove porque Raniel e Sánchez, torno a dizer, foram duas negações enquanto estiveram em campo.
Mesmo assim, o Santos venceu por 1 a 0.

Sacadas
Fábio Carille também tem feito coisas boas, reconheço.
A colocação do zagueiro Robson para formar a trinca de beques ao lado de Danilo Boza e Emiliano Velázquez foi uma grande sacada do treinador. Deixar Marcos Guilherme solto também deu agilidade e opção ao time. E Lucas Braga, sem a bola, como lateral-esquerdo, também foi igualmente de bom entendimento. Outra coisa: ala é ala; ou seja, quando tem lateral, quem bate é o zagueiro da beirada e o ala serve de opção de recebimento da bola, ao contrário do que se vê no Brasil. Esta foi outra boa decisão de Carille.
Só resta agora a Carille não fazer bobagens com o jogo em andamento.
Tabela
Com a vitória e os resultados das outras partidas do sábado, o Santos foi nanar na 11ª colocação do Campeonato Brasileiro com 35 pontos ganhos, a cinco da zona do rebaixamento. Há duas rodadas, estava na 17ª posição, dentro do Z4.
O que duas vitórias não fazem...
Duas vitórias que foram conquistadas desde o debute de Edu Dracena como o executivo de futebol do Santos. Coincidência? Não creio. Elas são fruto da intervenção de Dracena no dia-a-dia do Santos. Ele esteve em Curitiba, junto com a delegação, dando-lhes apoio em todos os sentidos. Conversou com Carille e com os jogadores, contou-lhes histórias com finais felizes de seus tempos como jogador e o resultado final deixou a todos felizes.
O melhor
Há quem defenda João Paulo como o melhor jogador do Santos (e da partida) na vitória de 1 a 0 sobre o Athlético em Curitiba, mas eu fico com Marcos Guilherme. O baixinho fez de tudo enquanto esteve em campo. Pressionou a saída de bola do adversário, fez a saída de bola do Santos, apareceu nas duas beiradas, pelo meio e foi quem melhor surgiu como opção de passe para seus companheiros. Foi dele a assistência para Madson fazer o gol da vitória aos 4 minutos do segundo tempo.
Marcos Guilherme, o melhor em campo.
Goleador
Madson, mais uma vez, fez gol.
Na época de Fernando Diniz, era reserva de Pará. Com Fábio Carille, jogou até no sub-23, com a desculpa de que precisava recuperar o ritmo de jogo. Isso aconteceu diante do São Bernardo, pela Copa Paulista, no empate em 1 a 1 na Vila Belmiro. O lateral foi substituído aos 26 minutos da etapa final e deixou claro que estava em condições de jogar no time principal. Dois dias depois, o Santos entrou em campo para enfrentar o São Paulo, no Morumbi, e Carille preferiu improvisar Marcos Guilherme na posição. Nem sequer no banco Madson foi relacionado. Depois ficou no banco contra Grêmio, Atlético-MG, Sport e América-MG. Voltou a ser titular diante do Fluminense, quando marcou o primeiro gol e deu a assistência para Tardelli fazer o tento da vitória de 2 a 0 sobre os cariocas. Foi mantido no time principal no triunfo desse sábado diante do Furacão, em Curitiba. Foi dele, como já mencionei, o gol da vitória santista.
Vicente Matheus, inesquecível e folclórico presidente do Corinthians na década de 1970, costumava dizer: "Técnico não ganha jogo, mas perde". Carille tem atrapalhado, mas não está conseguindo derrotar o Santos.
Dicotomia
O que duas vitórias não fazem...
O Santos estava ameaçado de rebaixamento. Agora, ameaça aqueles que brigam por uma vaga na Libertadores. Se ganhar do Palmeiras, domingo próximo (7) na Vila Belmiro, sonhar com uma vaga na fase inicial do mais importante torneio das Américas não será maluquice alguma. Para que isso seja possível, será muito importante que os torcedores continuem fazendo o que vêm fazendo: apoiando o time incondicionalmente e comprando todos os ingressos que foram disponibilizados. Ao que tudo indica, 100% da capacidade total estará liberado pela CBF para o jogo de domingo próximo.
Que a Vila Belmiro justifique, uma vez mais, o apelido e a fama de alçapão.
Apesar de Carille, Santos bate o Athletico e se distancia do Z4
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