
Em meio à briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o São Paulo teve uma surpresa desagradável nos últimos dias. O clube foi surpreendido há algumas semanas por uma multa de R$ 50 mil aplicada pela 2ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da capital.
O órgão exigiu R$ 50 mil por conta de ruído acima do permitido em concerto da banda de heavy metal britância Black Sabbath, dos músicos Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler, ocorrido em dezembro de 2016.
A acusação tem como base um parecer técnico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que foi solicitado pela própria promotoria.
Segundo os promotores envolvidos no caso, o show ultrapassou os níveis de ruído permitidos pela lei em um ponto próximo ao estádio tricolor. A fiscalização consistiu em medir o nível sonoro em três pontos do entorno do clube em dois horários distintos, um deles durante a apresentação da banda.
Quem recebeu a multa em mãos foi o presidentem Leco, que se irritou com o procedimento e prontamente acionou os advogados do clube.
O São Paulo já procurou o Poder Judiciário alegando ilegalidade na realização da medição do ruído, que segundo o clube foi feita enquanto chovia - o que interfere no resultado -, além de violação no processo legal da aplicação da multa, já que o time tricolor alega que não foi previamente ouvido.
Agora, o clube depositou o valor integral da multa e pediu que a Justiça conceda uma tutela de urgência em que sejam sustados os efeitos da decisão do inquérito civil que determinou essa cobrança ao São Paulo. Também pediu que o próprio Estado arque com as custas processuais e honorários advocatícios aos representantes tricolores.
Em uma decisão inicial, o juiz José Gomes Jardim Neto, da 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, concedeu a tutela de urgência pedida pelo São Paulo.
O show do Black Sabbath no Morumbi levou 65 mil pessoas ao estádio para uma apresentação de 1 hora e 45 minutos, em concerto que fez parte da turnê de despedida do grupo.

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