
4 de janeiro de 2016. O Real Madrid anuncia o ídolo Zinedine Zidane como novo técnico até o meio de 2018, decisão que poderia ser vista com desconfiança. Afinal, o francês só havia comandado o time B do próprio clube.
Um ano depois, porém, não há motivos para qualquer dúvida quanto ao trabalho de Zizou. Três títulos, apenas duas derrotas e muito lucro.
Zidane assumiu o cargo com o Real já eliminado da Copa do Rei (por conta de uma punição), nas oitavas de final da Uefa Champions League e na terceira colocação do Campeonato Espanhol, cinco e quatro pontos atrás de Barcelona e Atlético de Madri, respectivamente.
O título nacional não veio, mas os merengues se recuperaram na competição e lutaram até a última rodada, ficando apenas um ponto atrás do campeão Barcelona. Já na Champions veio a taça com um triunfo para cima do Atlético nos pênaltis.
Se alguém achava que o mérito de Zidane era algo temporário e era simplesmente motivacional, viu a ideia mudar assim que iniciou a atual temporada. Apesar de o Real ter ficado na segunda posição do seu grupo da Champions, atrás do Borussia Dortmund, o time tem sido dominante em La Liga desde o início, lidera a competição com três pontos de vantagem e ainda tem um jogo a menos.
Além disso, a equipe madrilenha já soma duas taças na metade da temporada. Primeiramente, bateu o Sevilla para faturar a Supercopa da Uefa; já em dezembro, o time de Zidane levou um susto na final, foi para a prorrogação, mas venceu o Kashima Antlers e assegurou a conquista do Mundial de Clubes.
Em um ano, Zidane deu três troféus aos torcedores do Real, número impressionantemente maior do que o de derrotas no período. Sob o seu comando, a equipe perdeu para o Atlético de Madri por 1 a 0, em casa pelo Espanhol, e contra o Wolfsburg por 2 a 0, pela Champions. E vale ressaltar que o revés para os alemães não teve tanto impacto quanto parecia, já que o Real venceu a volta das quartas de final por 3 a 0 e se classificou.
Em 53 jogos como técnico do time principal, seu aproveitamento é de incríveis 82,4% dos pontos disputados com 40 vitórias e 11 empates. Atualmente leva a maior sequência de invencibilidade da história do clube, 37 jogos - 28 vitórias e nove empates.
E Zidane conseguiu isso gastando pouco. Ou melhor, economizando. Afinal, nas duas janelas de transferências que passou à frente do Real, o clube desembolsou ‘apenas' 30 milhões de euros para recontratar Álvaro Morata, que estava na Juventus. Além disso, ele passou a contar com Marco Asensio, jogador que fora contratado anteriormente e estava emprestado ao Espanyol.

Por outro lado, o Real ganhou 37,5 milhões de euros com as saídas de Jesé Rodríguez (vendido ao Paris Saint-Germain por 25 milhões de euros), Denis Cheryshev (foi ao Villarreal por 7 milhões de euros), Borja Mayoral (emprestado ao Wolfsburg por 3 milhões de euros), Álvaro Medrán (vendido ao Valencia por 1,5 milhão de euros) e Omar Mascarell (negociado com o Eintracht Frankfurt por 1 milhão de euros).
O lucro de 7,5 milhões de euros do Real sob o comando de Zidane, que não poderá contratar no mercado de inverno (janeiro de 2017), é quase o valor do que o francês fatura por temporada. De acordo com o site especializado Finance Football, ele recebe 9,5 milhões de euros, sendo dono do quinto melhor salário do futebol mundial. Isso sem contar as premiações que o Real teve com as taças conquistadas em 2016.
365 dias depois da chegada de Zidane como técnico, o torcedor do Real Madrid espera que este seja apenas o primeiro de muitos anos.
Rendendo lucro e com mais títulos do que derrotas, Zidane completa um ano no Real
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