
O acidente aéreo envolvendo a delegação da Chapecoense tirou a vida também de um ícone do futebol brasileiro, mas que não representava o clube catarinense. Mário Sérgio, ex-jogador, ex-técnico e então comentarista da emissora de televisão Fox Sports morreu aos 66 anos de idade.
O talentoso meia, conhecido como Vesgo e que alcançou a seleção brasileira na década de 80, alcançou grandes feitos como atleta. Ele foi bicampeão carioca pelo Fluminense (1975 e 1976), campeão paulista pelo São Paulo (1981), campeão baiano pelo Vitória (1972), campeão brasileiro (1979) e bicampeão gaúcho (1981 e 1984) pelo Internacional e campeão da Copa Intercontinal (1983) pelo Grêmio.
Mário Sérgio ainda passou pelo Flamengo - no qual começou a carreira no fim da década de 60 e conquistou a Taça Guanabara de 1970 -, Botafogo, Rosario Central, Ponte Preta, Palmeiras, Botafogo-SP, Bellinzona-SUI, antes de encerrar a carreira no Bahia em 1987.
Logo depois que se aposentou, Mário Sérgio teve uma curta passagem como técnico do Vitória e então se dedicou a ser comentarista esportivo.

Porém, ele retornaria à beira dos gramados para comandar o Corinthians em 1993. Na sequência, passou por São Paulo, Vitória, Atlético-PR (3x), São Caetano, Atlético-MG, Figueirense (2x), Botafogo, Portuguesa, Internacional e Ceará, pelo qual teve sua última experiência como técnico em 2010.
Além do currículo extenso como treinador e a trajetória gloriosa de um atleta de seleção brasileira, Mário Sérgio também sempre esteve em evidências por polêmicas, declarações firmes e, sobretudo, autênticas. Como em 2001, quando, no comando do Atlético-PR, desabafou publicamente: "Ou o Atlético acaba com a noite ou a noite acaba com o Atlético."
Como atleta, em sua passagem pelo Palmeiras, chegou a ser suspenso por três meses em 1984 ao ser pego em um exame antidoping depois de clássico contra o São Paulo por uso de anfetamina.
Em 2012, ele voltou à televisão para ser comentarista da Fox Sports. O ex-jogador e técnico viajava com jornalistas da Fox Sports que também faleceram: Victorino Chermont, Rodrigo Santana Gonçalves, Deva Pascovitch, Lilacio Pereira Jr. e Paulo Júlio Clement.
Seja criticado ou idolatrado, Mário Sérgio nunca foi indiferente. No campo, à beira dele ou diante dos microfones, o futebol brasileiro perde um ícone.

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