
O lateral Adriano, que jogou por Sevilla e Barcelona e atualmente defende o Besiktas, prestou depoimento nesta terça-feira na Espanha e garantiu ao juiz que tributou corretamente a renda que obteve em 2011 e 2012 com seus direitos de imagem e negou que tenha tido a intenção de ocultar patrimônio na Ilha da Madeira em Portugal.
Segundo informações de pessoas ligadas ao caso, o jogador depôs na condição de investigado durante cerca de uma hora no tribunal de instrução número 9 da cidade de Barcelona devido a uma denúncia da Promotoria espanhola, que o acusa de ter omitido US$ 713,6 mil da Fazenda, eludindo a tributação do lucro derivado de seus direitos de imagem através de um grupo empresarial radicado na Ilha da Madeira.
O investigado admitiu que administrou essa receita através dessas sociedades, mas garante que nunca escondeu ser o titular delas e que pagou os correspondentes através das declarações do IRPF, patrimoniais e complementares.
A defesa de Adriano é exercida pelos advogados David Aineto e Diego Artacho, os mesmos que aconselharam o volante argentino Javier Mascherano a aceitar um ano de prisão e devolver à Fazenda 1,5 milhão de euros.
No entanto, desta vez, Aineto e Artacho descartam que o brasileiro admita a fraude e qualquer tentativa de acordo com a Procuradoria e a Advocacia do Estado.
Em sua denúncia, baseada em um relatório da Agência Tributária, a Promotoria sustenta que o atleta eludiu o pagamento de impostos mediante um mecanismo duplo: ocultando a receita derivada de um contrato assinado pela Nike, pelo qual cobrou 63.304 euros em 2011, e simulando a cessão de seus direitos de imagem a uma sociedade "puramente instrumental" radicada na Ilha da Madeira.
Em 2010, Adriano repassou os direitos de exploração de sua imagem à sociedade em Portugal por US$ 2,5 milhões e, meio ano depois, comprou tal empresa de um grupo radicado em Seychelles. Dessa forma, segundo a Promotoria, se serviu do vantajoso regime fiscal da Ilha da Madeira.
Em março deste ano, Adriano devolveu à Fazenda outros US$ 71.981 correspondentes ao IRPF dos anos de 2011 e 2012, com o que a Procuradoria considera saldada a dívida pendente com a Agência Tributária.
Ex-lateral do Barcelona depõe e nega ter ocultado patrimônio em Portugal
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