
Após 25 rodadas, o Fluminense conquistou 34 pontos. Poderia ser uma frase atual, mas também de uma matéria do ano de 2013. Naquele campeonato, depois de queda brusca, o Tricolor terminou entre os quatro piores da competição, mas não caiu porque a Portuguesa perdeu quatro pontos no STJD e acabou rebaixada. Em 2015, entretanto, o clube das Laranjeiras está ainda pior na tabela de classificação.
Com a mesma pontuação, em 2013, o Flu era o oitavo colocado do Campeonato Brasileiro. Já em queda na competição, a equipe ainda demoraria mais oito rodadas para mudar de treinador, fato que deve ser abreviado neste ano. O aproveitamento de 45,3%, naturalmente, era igual, mas ao fim da competição, caiu para 40,4% (chegou a ser de 36,4% na 33ª rodada).
Naquele ano, o Fluminense começou o Campeonato Brasileiro com o técnico Abel Braga, campeão da competição com a equipe em 2012. Após perder para o Grêmio, por 2 a 0 em Porto Alegre, pela 9ª rodada, e completar cinco derrotas seguidas, o presidente Peter Siemsen anunciou à imprensa a demissão do treinador.
"Hoje viemos comunicar que o Abel não continua como técnico do Fluminense. Faço esse comunicado com certa emoção, pela relação criada com o treinador, mas chegou o momento de trazer novos ares para o futebol. A relação do clube com o técnico é como um casamento. E a nossa separação é a mais respeitosa possível por tudo o que conquistamos juntos", afirmou.
O casamento acabou e depois de vencer o Campeonato Carioca de 2012 e o quarto título brasileiro do Flu em sua história, Abelão ganhou um troféu em miniatura e um até logo da diretoria.

Sua saída trouxe para as Laranjeiras o técnico Vanderlei Luxemburgo, sonho antigo do presidente da patrocinadora do clube à época.
Luxa estreou com vitória: 1 a 0 no Cruzeiro, no Maracanã. Gol de Fred, que na saída de campo ressaltou a pressão sofrida. Foi a primeira vez que o ídolo da torcida tricolor comemorou após marcar sobre seu ex-clube.
"A pressão vai aumentando, a gente fez de tudo para evitar a sequência de derrotas. Mas o campeonato ainda tem tudo para acontecer", declarou.

Ainda havia muito para acontecer, de fato. O Cruzeiro, derrotado no Maior do Mundo, acabou campeão. Após nove jogos sem vencer, Luxemburgo deixou o Fluminense na 33ª rodada. Na 18ª colocação, o Tricolor se manteve até a última, com Dorival Junior, que conquistou três vitórias, uma derrota e um empate em um contrato tampão. Não fosse a lambança da Portuguesa, a equipe acabaria na Série B em 2014.

Situação em 2015 é parecida, mas colocação na tabela é pior
Em 2015, o Fluminense começou o Brasileirão com Ricardo Drubscky no comando. O treinador, desconhecido do grande público, se mostrou uma aposta errada. Logo na terceira rodada, deixou o clube e quem assumiu foi seu velho conhecido - e também da torcida tricolor - Enderson Moreira.
Enderson começou bem. Todas as suas decisões pareciam acertadas, primeiro por escalar o Flu com cara de time grande, diferente de seu antecessor. As reposições com jogadores da base se mostraram acertadas: foi da saída de Wagner que a chance apareceu para Gustavo Scarpa, e hoje o menino é um dos preferidos do torcedor.
O time encaixou e engrenou: na 14ª rodada, na vice-liderança, o Flu só precisava vencer o rival Vasco, afundado na zona de rebaixamento, para assumir a liderança. O jogo marcou a apresentação de Ronaldinho Gaúcho para a torcida, que fez belo mosaico no Maracanã para receber o craque. O Cruz-Maltino, algoz tricolor nos últimos anos, venceu e botou água no chope da festa.

Daí a frente, nada mais deu certo. O Fluminense ganhou outros jogos, mas marcou apenas sete pontos nas treze rodadas seguintes. No mesmo espaço de tempo, em 2013, marcou 19.
"Acho que estamos exatamente no meio da tabela. As distâncias para G-4 e Z-4 são idênticas. O que mais nos preocupa é que nós não conseguimos uma regularidade. A ação do treinador É difícil, é complicado. Mas é nossa tentativa. A pressão existe em todo momento que você pisa no clube. Somos pressionados por resultados constantemente. Isso não nos tira a tranquilidade, a vontade de fazer com que as coisas funcionem bem. Quem não está acostumado com a pressão, não pode trabalhar. Sempre queremos que o Fluminense possa vencer", disse Enderson, pressionado após a derrota para o Sport, a nona nos últimos treze jogos.
Pior na tabela em 2015, Flu tem campanha igual a 'quase rebaixamento' de 2013
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