
Um grupo de velejadores navegou neste domingo pela Baía de Guanabara com barcos ostentando velas negras, em protesto contra o novo projeto da Marina da Glória, um dos locais de prova dos Jogos Olímpicos de 2016.
A manifestação foi denominada "Horizonte Negro" e foi idealizada pela artista plástica Martha Niklaus, que disse à Agência Efe, que se tratou de uma representação do que "está acontecendo no Rio e em todos o país".
O velejador e analista de sistemas Luiz Goldfeld, um dos membros da Associação dos Usuários da Marina de Glória, afirmou que a forma como foram concedidos os direitos de exploração da Marina, o que iria contra ao conceito o bom uso do espaço público.
"Estão usando a área para construir dois locais de eventos, um centro comercial, um polo gastronômico, o que desvirtia totalmente a função da Marina, que deveria ser uma área náutica, para a popularização do esporte", disse.
Os membros da Associação apresentaram neste mês uma ação contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que concedeu as licenças para o projeto.
O advogado do órgão comunitário, Nelson Nirenberg, afirmou que o parque e todas as infraestruturas incluídas na área são protegidas por lei, e que não podem sofrer qualquer tipo de alteração, inclusive na vista, como o projeto prevê, já que a visão do Pão de Açúcar ficaria obstruída.
"Conseguimos que a justiça reconhecesse as ilegalidades praticadas pelo Iphan e paralisasse as obras", explicou Nirenberg. O juiz que tinha determinado a suspensão dos trabalhos, no entanto, reconsiderou a decisão contra o Iphan na sexta-feira, e permitiu a retomada nas obras na Marina da Glória.
Em barcos com velas negras, velejadores fazem protesto na Baía de Guanabara
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