Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Levir Culpi faturou a Copa do Brasil com o Atlético-MG

O técnico do Atlético-MG, Levir Culpi, parecia mal acreditar que havia conquistado o título da Copa do Brasil, na última quarta-feira, com uma vitória por 1 a 0 em cima do rival Cruzeiro em pleno Mineirão.

Chamado de "atrasado" quando foi contratado, em abril deste ano, após passar longo período no Japão, ele não soube explicar a fórmula para ter feito tanto sucesso em tão pouco tempo de trabalho, e disse que tentará escrever um livro sobre o assunto.

"Vou escrever um livro novo. Vai se chamar 'Uma vida em seis meses'. Porque só assim pra explicar o que aconteceu comigo nesse período... Todas as batalhas que vencemos, contra o Lanús [Recopa Sul-Americana], as viradas sobre Corinthians e Flamengo, tudo isso em menos de seis meses. Sinceramente, não sei responder como ttudo isso aconteceu", afirmou, lembrando-se também de uma derrota doída que sofreu há 14 anos.

"Não esperava que tudo fosse tão emocionante como foi. Teve uma vez que perdi um título para o próprio Cruzeiro aos 45 minutos do segundo tempo [pelo São Paulo, final da Copa do Brasil de 2000], o rapaz [Geovanni] chutou por baixo da barreira e acabou comigo... Acho que alguém está pagando uma dívida comigo, e estou cobrando com juros (risos)! O prazer dessa vitória sobre o Cruzeiro é quase indescritível", emocionou-se.

Levir ressaltou seu bom relacionamento com os atletas da equipe alvinegra, e fez questão de ressaltar que os jogadores foram os protagonistas do título atleticano.

"Acho que temos um feeling muito parecido, eu e os jogadores. Sinto-me muito bem com eles em todos os momentos, nos jantares, nos almoços, nas palestras, nas preleções. Não sei como formamos essa empatia tão rápida, mas sei que nosso relacionamento é bom. Muito bom!", animou-se.

O treinador atleticano também mostrou alegria com o fato de sua equipe ter "conquistado o coração" dos amantes de futebol pelo país. Segundo Levir, o estilo ofensivo e aguerrido do Atlético fez os brasileiros adotarem o "Galo" como segundo time.

"As pessoas de fora de Minas adotaram o Atlético, estevam torcendo pela gente nessa final, porque viram um time que joga o futebol brasileiro, de forma ofensiva, leve, rápida, com raça. O Atlético virou o segundo time dos brasileiros", comentou.