Momento triste em minha carreira
Após aquele memorável jogo contra o Real Madri, a seleção brasileira foi convidada para uma série de 7 jogos amistosos contra Porto Rico no país caribenho. Por falta de tempo para a preparação a CBB repassou para a Federação Paulista a incumbência de representa-la, era a própria seleção.
O técnico convidado foi o Prof. Moacir Daiuto, meu técnico no Corinthians. Feita a convocação, contando apenas com os jogadores atuando em São Paulo, no principio de Agosto viajamos para San Juan, linda capital porto riquenha. Ficamos alojados em um lindo hotel à beira do mar, maravilhoso.
Foram programados alguns jogos pelo interior do país, fora os realizados em San Juan. Com a falta de ginásios para grandes públicos, jogamos a série em quadra adaptada e montada em estádio de futebol. Um enorme público sempre esteve presente. Era comum esse tipo de iniciativa em tais eventos.
Fizemos a apresentação da seleção paulista vencendo todos os jogos contra a seleção porto riquenha sempre com muitas dificuldades. O basquetebol de Porto Rico sempre foi muito forte, influenciado pela proximidade com os EUA. Após os 7 jogos, fomos convidados à jogar 2 jogos no México.
Saímos de avião em direção à cidade do México com enormes diferenças de altitude. A cidade do México está à 2.235 mts. acima do nível do mar. À bem da verdade já estávamos acostumados com esse tipo de problema e muito pouco sentimos a diferença do ar rarefeito. Fomos para o 1º jogo.
Foi um jogo muito equilibrado, pois o basquetebol mexicano sempre foi muito considerado no basquete mundial. Comecei jogando, pois eu era também o capitão da seleção paulista. Faltando 2 segundos para acabar o 1º tempo e, ao fazer um giro para um arremesso, torci meu joelho direito.
Fui para o vestiário me contorcendo em dores. Não conseguia colocar os pés no chão. Fui prontamente medicado, mas impossibilitado de continuar jogando. No dia seguinte fui colocado em um avião com destino à São Paulo. Chegando em Congonhas uma Komb do Corinthians me aguardava.
Fui levado na mesma hora para um médico ortopedista que engessou a minha perna direita. No dia seguinte fui em outro médico, Dr. João di Vicenzo, que mandou eu retirar o gesso dizendo que perna de atleta não se engessa, somente em ultimo caso. Ali demos início ao longo tratamento.
Fiquei 3 meses e meio afastado das quadras tratando dos ligamentos com injeções de cortizona, para depois ser obrigado a realizar uma cirurgia para a retirada do menisco externo da minha perna direita. No final de ano eu teria que estar apto para a disputa do mundial de clubes na Espanha/Madri.
Fonte: Wlamir Marques
Momento triste em minha carreira
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