Melhor que 'poderosos' Andrés, Eurico, Petraglia e Perrella: mais gente mandando, como no Flamengo, tem lado bom
O Flamengo é um caldeirão político, escancarado no fracasso da volta de Rafinha. A favor do lateral direito estava o departamento de futebol, nas mãos de Marcos Braz. Contra, ficou o todo poderoso vice-presidente de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o BAP.
Os dois com frequência se enfrentam, e o presidente Rodolfo Landim alterna seu alinhamento entre Braz e BAP antes de tomar a decisão final.
Claro que essa disputa, ainda mais com personagens de egos inflados, pode ter efeitos perversos no futebol do clube, ainda mais em um ano de eleição.

Mas prefiro assim do que exemplos de clube em que só existe um todo poderoso dando ordens e vetando qualquer tipo de debate interno em clubes onde isso deveria ser obrigatório.
Muito melhor ver decisões importantes do Flamengo sendo tomadas por visões diferentes. Isso é salutar.
Perguntem a um torcedor rubro-negro se eles topariam trocar o caldeirão político do clube por cartolas personalistas que afundaram seus clubes em dívidas e na mediocridade esportiva depois de alguns anos de glória, como Eurico Miranda, no Vasco, Andrés Sanchez, no Corinthians, ou Zezé Perrella, no Cruzeiro.
Ou ter um dirigente que se acha dono do clube, como é Mario Celso Petraglia no Athletico-PR, que muitas vezes nada se importa com o torcedor do clube.
Claro que há muitos exemplos de clubes com grandes divisões indo também para o buraco: o caso do Vasco atual é um exemplo (e muito por culpa da herança maldita de Eurico). Mas ainda assim é mais salutar o debate do que o poder total para um único indivíduo.
O Flamengo até pode errar pela disputa interna de seus dirigentes. Mas vai acertar muito mais com esse cenário. Garanto.
Melhor que 'poderosos' Andrés, Eurico, Petraglia e Perrella: mais gente mandando, como no Flamengo, tem lado bom
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