Ferencváros mantém invencibilidade na Hungria com vitória em clássico contra o Honvéd

Poucos países tiveram papel de tanta influência no futebol como a Hungria. Na importante década de 1950 para o esporte bretão, os húngaros estiveram na vanguarda do jogo com uma das maiores seleções de todos os tempos e novos conceitos táticos.
Gustav Szebes apresentou ao mundo o 4-2-4 e fez da sua equipe, comandada por Ferenc Puskás em campo, um time inesquecível e quase imbatível. Foram cinco anos de invencibilidade, com um título olímpico conquistado (1952), até a fatídica derrota para a Alemanha na final da Copa de 1954.
O conhecimento húngaro se espalhou pelo mundo com profissionais do país. O próprio Brasil foi influenciado, decisivamente, pelas ideias trazidas pelo lendário treinador Béla Guttmann. Na base de tudo isso, estava um clube marcado por glórias e tragédias nesse período, o histórico Budapeste Honvéd - antes chamado de Kispest Honvéd, o clube do exército húngaro durante o regime comunista.
Os tempos atuais são outros, o domínio local já não está com a equipe que, outrora, formara os Mágicos Magiares. No sábado, o Honvéd recebeu o Ferencváros pela 11a rodada do Campeonato Húngaro, a OTP Bank Liga.
Os primeiros 30 minutos de jogo foram de domínio e pressão do Ferencváros, que atuou no 4-4-2. Os brasileiros Somália e Isael foram titulares: o primeiro atuando como um dos dos meio-campistas centralizados e o segundo aberto pela direita na segunda linha.
O Honvéd tentou marcar alto, pressionando a saída adversária, mas com pouca eficiência. Tanto é que o Ferencváros, diante do 4-1-4-1 na fase defensiva do rival, fazia a bola chegar com frequência na dupla de ataque formada pelo norueguês Tokmac Nguem e o marfinense Franck Boli.
O gol saiu aos 27 minutos, justamente após essa pressão, em uma sequência de escanteios. O lateral-esquerdo alemão Marcel Heister pegou o rebote na entrada da grande área e acertou um belíssimo chute, de bate-pronto, para colocar o Ferencváros em vantagem.
Depois que sofreu o gol, o Honvéd se esforçou mais para atacar. Em nenhum momento, antes disso, teve postura defensiva, porém. Teve chances, inclusive, em falhas individuais dos defensores do Ferencváros, para insatisfacão do técnico Serhiy Rebrov.
A rivalidade entre os clubes existe, mas não é uma das maiores de Budapeste. O grande rival do Ferencváros - maior campeão nacional - é o Ujpest, com quem divide a maior preferência dos torcedores no país.
No intervalo, o técnico Tamas Bódog fez duas alterações e melhorou seu time. O Honvéd passou a trabalhar melhor a bola no campo de ataque e também a ter mais posse. Os números finais demonstram o equilíbrio da partida: 9 x 9 em finalizações, com duas certas para cada lado.
Já são cinco rodadas sem vitória para o Honvéd, atual campeão da Copa da Hungria e penúltimo colocado do campeonato nacional com apenas nova pontos em dez partidas. São 12 times na OTP Bank Liga, disputada em três turnos.
O Ferencváros, líder e invicto com nove partidas jogadas, retoma sua complicada trajetória continental: enfrenta a Juventus, em Turim, na terça-feira. Já o Honvéd aguarda o próximo final de semana para entrar em campo novamente, contra um adversário cujo nome remete aos tempos gloriosos do clube: Puskás.
Ferencváros mantém invencibilidade na Hungria com vitória em clássico contra o Honvéd
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